13.12.06

Quebrando preconceitos através da experiência intercultural!!!

Ese soy YO en Paraguay!!!




Considero-me uma open-minded person mas com certeza ainda tenho alguns tabus a serem trabalhados e acho que a vida sempre conspira a esse favor. Deixa-me explicar. Sempre fui adepto ao chimarrão, me lembro que em 1991 fiz uma viagem para o Rio Grande do Sul e voltei para casa com uma cuia, bomba e alguns quilos de mate. Não adiantou muito ter comprado todas essa tralha porque não aprendi o principal, que é toda a técnica de preparar o mate. Acho que todas as cuias deveriam vir com manual.

Tudo bem, não conhecia nenhum gaúcho aqui em GYN para me ajudar e o resultado foi que todas as vezes que eu tentava preparar o chimarrão, a bomba entupia, eu fervia a água e acabava queimando a língua e o mate, o gosto ficava horrível e tudo dava errado.

Passaram-se
alguns anos e um primo meu foi estudar em Pelotas - RS e acabou se convertendo à religião do mate. Quando ele voltava para GYN de férias, trazia mate e formávamos um roda de chimarrão com um Tio que morou no Paraná.

Nessas
idas e vindas do meu primo, eu acabava ficando com um pouco de erva e preparava alguns mates uma vez ou outra. Como disse, gosto de Chimarrão, mas infelizmente não tomo com grande freqüência.

Feito esse pequeno histórico, posso entrar na parte da experiência intercultural. No final do ano passado (2005), participei de um treinamento do AFS Conesul, onde estavam presentes pessoas de 7 países diferentes (brasil, paraguai, argentina, chile, bolívia, portugal, alemanha). sabia que os argentinos tomavam mate e que os paraguaios tomavam tereré, mas não conhecia as particularidades de cada um.

Acabei ficando
mais próximo dos argentinos durante as sessões do treinamento e compartilhei com eles algumas rodas de mate. Fiquei meio impressionado com a enorme quantidade de mate que eles tomam, acho que ganham dos gaúchos.

E
sempre que via os paraguaios tomando o tereré achava aquilo meio estranho. Olha a bandeira vermelha: por ser servido naquelas cuias de chifre de boi achava meio sujo e por ser servido frio achava esquisito. Acabei por não experimentar o tereré, recusando várias vezes a oferta dos paraguaios. Eu não tinha uma postura reativa, mas também não estava a fim de fazer aquela experiência de tomar algo que julgava ser "sujinho" (tenho certeza que era o chifre que me dava essa impressão).

Essa
negação do tereré paraguaio durou todo o treinamento de Canela-RS e persistiu no treinamento de Aprendizaje Intercultural na Argentina no 1o Semestre desse ano.

Agora conto porque o mundo conspira para a favor da quebra de tabus. Mês passado (novembro/ 2006) fui para Asunção - Paraguai participar de outro treinamento do AFS. Agora eu estava na casa do TERERÉ, entendem? Não poderia sair de sem experimentar essa bebida da cultura paraguaia.


O
treinamento começou a noite, não vi nenhuma manifestação de paraguaios com Tereré. estava em terras paraguaias por mais de 24 horas e nada. Acordei no outro dia e o sol estava escaldante, comecei o dia com calor. Cheguei na sala de treinamento e avistei algumas garrafas de água para tereré. Nossa como fiquei feliz!!!

Sentei
perto de uma amiga paraguaia, a Anairis, e esperei o convite, mas o bendito não veio. Acho que ela tinha acostumado a ouvir os meus "não" para o tereré e acabou desistindo de me oferecer. Tudo bem!!!

Quando chegou a tarde, eu estava totalmente morto de calor, havíamos feito um energizer louco do Amin fora do Ar Condicionado. Essa foi a gota d'água, pedi:

- Anairis,
me gustaría probar un poquito de mate!

Essa foi à
senha, finalmente acabei com a novela que durava um ano. E foi amor ao primeiro gole. Como é gostoso o tereré paraguayo.

Esse post acaba com um final feliz!!!

8.12.06

Home Sweet Home!

Como é bom chegar em casa depois de viajar. Não que eu tenha acabado de chegar em casa, mas sempre tenho esse sentimento de que não existe nada melhor que chegar em casa depois de uma viagem. Deve ser as energias que deixamos em casa, todo o nosso "campo energético" que é criado no ambiente onde residimos.

Tem duas casas que freqüento a do meu pai e a da minha mãe, acho que o próximo passo na vida é ter uma casa só para mim, já tenho um blog só meu, agora falta uma casa! :)

As fotos que seguem abaixo mostram duas vistas, uma da chegada da casa da minha mãe (minha casa também) e a outra mostra a vista da sala da casa do meu pai.



Viajo hoje para Araguari - MG vou visitar e minha cunhada e encontrar com a minha namorada que também está lá. Araguari fica a 320 Km de Goiânia. Não sei porque mas tive a impressão que Araguari se parece um pouco com Asunção - Paraguai. Se alguém conhece as duas cidades e também tem a mesma impressão, por favor deixe um comentário.

Espero postar de lá!

7.12.06

Depois de um exaustivo trabalho de parto....

Já faz algum tempo que tenho em mente a idéia de criar um blog só meu. Fui fundador de vários outros blogs, mas todos eram blogs coletivos. Uma vez montei um blog para a minha turma de pós em docência universitária, algum tempo atrás coloquei no ar um blog para ao pessoal do AFS, mas nunca tive um blog que fosse de minha total propriedade.

Mas esse desejo de manter uma espécie de diário pessoal virtual é recorrente e nos últimos meses cresceu. Estudei na faculdade que existe uma relação interessante entre os desejos, vejam bem: o Ego é pressionado pelos desejos insaciáveis do Id e severidade repressiva do Superego . Se me submeto ao Id, me torno imoral e destrutivo; se me submeto ao Superego, posso enlouquecer de desespero, pois corro o risco de viver numa insatisfação insuportável. Por esse motivo, a forma fundamental para a existência do Ego é a angústia existencial, representada neste momento pela ansiedade da escrita. Não sei se é porque sou meio Haole em escrever em um blog, mas um grande número de perguntas e preocupações vem à cabeça:

- Escrevo isso “...”?
- Não! Acho que não, vai ficar chato.
- Mas chato para quem? Nem sei quem vai ler esse blog, se é que alguém vai ler.
- Escrevo um post curto? Ou um longo?
- Será que vou ter disciplina para escrever pelo menos uma vez por semana?
- Publico fotos? Ou só texto?
- Mantenho esse nome – Homo sapiens viator ? Ou passo para um nome em inglês? Quem sabe, francês? Devo apelar para o português mesmo?
- E os erros ortográficos? Escrevo direto na página de postagens do Blogger? Ou escrevo no Word com o corretor ortográfico?
- Não sei programar em HTML, como vou mudar a cara desse Blog?

Entendem a “Angústia Existencial”, a eterna briga do Id e Superego? Mas sigamos em frente com um pouco mais do histórico deste recém nascido “BLOG”, espero não sofrer de psicose puerperal (não confundam com a Maternity Blues, que é outro departamento ).

Intervalo – São 2:34 a.m, o computador detecta um Spyware.

Fim do Intervalo - São 4:56 a.m., ares de novela mexicana. Levo 2 horas e alguns minutos para acabar com a praga. Acho que consegui!!! Este assunto merece um post exclusivo, deixa para depois.

Continuando o relato sobre o processo de criação do blog, tinha decidido que realmente criaria um, mas ainda não tinha claro como seria tal espaço. Então começei a visitar blogs de amigos com a intensão de que aparecesse alguma idéia legal. Depois de algumas horas navegando nada aconteceu, resolvo tomar um sorvete, e de repente, não mais que de repente "Eureka", veio um insight: ... vou carregar minha câmera fotográfica para todos os lados e tirar fotos de momentos do cotidiano, para quando vier algum pensamento a mente ou quando acontecer alguma situação diferente eu possa "fotografá-lo".

Está ai, essa será a mola impulsora deste registro pessoal virtual. Registrarei fragmentos típicos do meu dia-a-dia e os postarei para o mundo. Para começar segue a foto que eterniza o momento em que me veio à cabeça essa idéia do blog.